terça-feira, 17 de maio de 2011

:::Doutorado Latino-americano em Educação:::


A Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Educação: Conhecimento e Inclusão Social da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG faz saber que, no período de 25 de abril a 31 de maio de 2011 estarão abertas as inscrições para seleção de candidatos ao DOUTORADO a ser ofertado a professores de instituições latinoamericanas de ensino médio ou superior, de redes privadas ou públicas, no âmbito do Acordo Marco de Cooperação Acadêmica Interinstitucional para oferta do Programa Latino-Americano de Doutorado de Políticas Públicas em Educação e Profissão Docente, nos termos do convênio internacional firmado entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Oficina Regional de Educação da UNESCO para a América Latina e Caribe,  OREALC/Instituto de Educação Superior da UNESCO para a América Latina e Caribe – IESALC, Rede Kipus, Universidad Pedagógica Nacional (México), Universidad Pedagógica Nacional “Francisco Morazan” (Honduras), Universidad Pedagógica Experimental Libertador da (Venezuela), Universidad Pedagógica Nacional (Colômbia), Universidad Tecnológica San Antonio de Machala (Ecuador), Pontificia Universidad Catolica (Peru), Universidad Metropolitana Ciências da la Educación (Chile), Universidad Católica Silva Henríquez (Chile) Universidad Del Bío Bio (Chile) e Universidad de la Fronteira (Chile).

As inscrições poderão ser feitas na Secretaria do Programa, Sala 405, de 2ª. À 6ª. Feira, exceto em feriados, no horário de 9:30 h às 10:30 h e das 13:30 h às 16 h, ou pelo Correio, via SEDEX, ou Correio Expresso Internacional, quando postadas no exterior, para o seguinte endereço: Av. Antônio Carlos, 6.627 – Pampulha, Caixa Postal 1703, CEP 31.270-901 – Belo Horizonte – MG, com data limite de postagem até 31/05/2011. Informações adicionais poderão ser obtidas no site do Programa: http://www.posgrad.fae.ufmg.br/posgrad   ou   pelo e-mail: colpgsec@fae.ufmg.br.


Veja o edital completo clicando aqui!

sábado, 7 de maio de 2011


UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
CICLO AVANÇADO
MÓDULO: CONVERGÊNCIA DAS MÍDIAS


CELINE MARIA DE SOUSA AZEVEDO


 

UBIQUIDADE: IMERSÃO NA INFORMAÇÃO

A aprendizagem com mobilidade depende muito do tipo de tecnologia móvel dispensada para o uso pedagógico. É preciso que sejam articulados novos conhecimentos sobre a utilização de celulares, iPods, laptops, dentre outros dispositivos móveis, a fim de que se possa compreender o uso de tais ferramentas na dimensão educacional.
Vivemos num mundo tecnológico, no qual novos paradigmas surgem a todo o momento, evidenciando, dentre outras coisas, que os ambientes informacionais estão cada dia mais convergentes e integrados.  Hoje, podemos acessar a internet de onde estivermos, sem precisar, necessariamente, de cabos para conectar, ou seja, basta que tenhamos um dispositivo – celular, laptop, por exemplo - e o sinal da internet.
Trazendo essas possibilidades para o contexto da escola, evidencia-se que os dispositivos móveis podem e devem ser utilizados para a construção de novas metodologias de ensino e aprendizagem, pois
o uso de dispositivos móveis na educação pode constituir-se desde o envio de uma mensagem SMS, lembrando o aluno de uma data importante, até a entrega de um trabalho, ou mesmo  indicando a disponibilização de mais um módulo de curso na plataforma de e-learning (...) (Mendes, 2007).
            Como se pode observar na fala de MENDES, é possível utilizarmos os dispositivos móveis para acessar inúmeras informações em qualquer lugar e tempo, em vários contextos e situações. É importante ressaltar também, que há outras mídias móveis, como os pen drives, CDs e DVDs, que podem ser utilizados sem o uso da internet, para que os alunos possam acessas acervos digitais na própria sala de aula, o que evidencia ainda mais, a mobilidade e ubiqüidade nos atuais modelos de interação, bem como da criação de novos espaços para que o processo educacional também se desenvolva.
            Em meio a tudo isso, está a escola, espaço profícuo para que a mobilidade propiciada pelos dispositivos móveis seja utilizada em prol de uma educação mais “antenada” com a realidade tecnológica que vivenciamos, tornando o contexto escolar um espaço com conteúdos, recursos, interatividade e aprendizagem a qualquer hora e de qualquer lugar, gerando novas redes e novos espaços de colaboração, onde alunos, professores e toda a comunidade escolar possam compartilhar idéias, produzir e editar conhecimentos, ou seja, ser autores do seu próprio processo de ensino e aprendizagem, numa concepção sistêmica do conhecimento.
Entretanto, SCHLEMMER (2007), destaca que é preciso concebermos a idéia de aprendizagem pervasiva,  diz respeito a utilizar a tecnologia que um aprendiz tem em mãos para criar situações de aprendizagem significativa e relevante, de autoria do próprio aprendiz, no contexto que o aprendiz entender como significativo e relevante. É preciso, pois, entendermos as várias dimensões da mobilidade: física, temporal e contextual, além de repensar as próprias concepções de aprendizado, no qual devem ser priorizados critérios de usabilidade, acessibilidade, mobilidade, colaboração/cooperação e localização, como destaca a autora supracitada.
Um exemplo bem claro do uso de dispositivos móveis na sala de aula, dentro da minha realidade, está o fato de que muitos professores da escola onde fica o Núcleo de Tecnologia Educacional – NTE, meu local de trabalho, no C.E. Wady Fiquene, estarem utilizando seus notebooks, com wireless, para acessar o sinal da nossa internet, nos corredores da escola, onde há essa possibilidade. Além disso, já verificamos que é viável que a direção da escola providencie a compra de roteadores para serem colocados em locais estratégicos, a fim de que o sinal da internet possa chegar a todas as salas de aula, para que professores possam ter acesso, para fazer o registro da frequência dos alunos direto na página do SIAEP.
Por conseguinte, visualizamos que tendo a internet disponível em sala de aula, os professores podem fazer uso da mesma em suas aulas e, aproveitando a situação, mostrar aos alunos o que é bom e o que pode ser ruim, caso não souberem transformar as informações acessadas em conhecimentos significativos para a sua aprendizagem.
Além disso, precisamos analisar as possibilidades e implicações pedagógicas da mobilidade e ubiqüidade das informações, ou seja, da condição de estar em toda parte ao mesmo tempo, tendo em vista que, da mesma forma que podemos acessar informações “alheias”, outras pessoas podem ter acesso às nossas, já que manter a privacidade pessoal numa sociedade ubíqua será altamente complexo e quase impossível. (Gardzheva, 2008).
Pelo exposto, penso que levar a internet para a sala de aula implica em preparar professores e alunos para a dimensão dialética das relações, onde haverá um redimensionamento dos papéis dos atores do ato educativo, bem como novos desdobramentos nas formas de convivência, o que ocasionará a necessidade de mudanças nas práticas e intencionalidades pedagógicas, pois quando um grupo está inserido numa parte do espaço, ele a transforma à sua imagem, ao mesmo tempo em que se sujeita e se adapta às coisas materiais que a ele resistem. Ele se fecha no quadro que construiu. (Halbwachs, 1968, p.132, apud Leite, 2008).
            Assim, é preciso muita reflexão a respeito de tudo isso, uma vez que conectados à internet, os alunos terão acesso a informações variadas, as quais podem tornar-se verdadeiras armas se não forem bem utilizadas, sobretudo por que
em cada ponto conectado por tecnologias como a internet cria-se uma modalidade de acesso à informação. A cada acesso, o paradoxo. A informação acessada é, igualmente, acesso a informações pessoais; é condição para conhecer e ser “(re)conhecido” nessa sociedade que deixa sua visibilidade disciplinar ser substituída por outra visibilidade, a de controle pela informação. E, no controle contínuo e por máquinas de inteligência informacional e de comunicação global, o poder se “planetariza” e amplia-se numa ecopolítica planetária. (PASSETTI, 1998:33 apud BASSO, 2003).
            Fica claro, portanto, que uma escola virtualizada é aquela em que todos os envolvidos no processo educativo aprendem a utilizar os recursos tecnológicos como aliados da sua própria aprendizagem, a qual estará pautada no respeito, na ética e na (re)construção de práticas e atitudes que estejam em consonância com o bem comum. Nesse sentido, precisamos trabalhar com e em nossos alunos os valores da boa conduta moral e ética, no intuito de alertá-los sobre o uso correto da internet e das informações que acessamos e/ou inserimos na Web.
REFERÊNCIAS

CURSO MÍDIAS NA EDUCAÇÃO. Ciclo Avançado. Módulo Convergência das Mídias. Etapa 3: Mobilidade e ubiqüidade. MEC/SEED/UFMA, 2011.
GARDZHEVA, Maya. Location privacy in a ubiquitous computing society. In: Internacional Journal of Electronic. In: Curso Mídias na Educação. Ciclo Avançado. Módulo Convergência das Mídias. Etapa 3: Mobilidade e ubiqüidade. MEC/SEED/UFMA, 2011.
LEITE, Julieta. A ubiqüidade da informação digital no espaço urbano. Logos 29. Tecnologias e Socialidades. Ano 16, 2º semestre 2008.
MENDES, S. Tendências em e-Learning: Mobile Learning. 2007. In: Curso Mídias na Educação. Ciclo Avançado. Módulo Convergência das Mídias. Etapa 3: Mobilidade e ubiqüidade. MEC/SEED/UFMA, 2011.
SCHLEMMER, Eliane. et all. M-learning ou aprendizagem com mobilidade: casos no contexto brasileiro. In: 13º Congresso Internacional ABED de Educação à distância. Paraná. 2007.