quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Atividade 3.4 – Planos de aula para o desenvolvimento do Projeto

Curso TIC 2015
Atividade 3.4 – Planos de aula para o desenvolvimento do Projeto
Cursistas: Albertina Linhares, Celine Azevedo, Deuzanira Montelo e Maria José Cordeiro

PLANO DE PROJETO A SER DESENVOLVIDO EM SALA DE AULA

AUTO DA BARCA DO INFERNO
1.    TEMA:

Gil Vicente e o Teatro Português. Humanismo Literário e as Alegorias. Recursos Linguísticos e Cênicos. Antropocentrismo. Hieronymus Bosch e a Intertextualidade.
2.    ÁREA DO CONHECIMENTO: Literatura
3.    PÚBLICO ALVO: Ensino Médio
4.    CONTEÚDOS:
ü  Gil Vicente e o Teatro Português.
ü  Humanismo Literário e as Alegorias.
ü  Recursos Linguísticos e Cênicos.
ü  Antropocentrismo.
ü  Hieronymus Bosch e a Intertextualidade.


6.    OBJETIVOS:

ü  Reconhecer Gil Vicente como criador do teatro português e como um crítico a querer moralizar a sociedade de seu tempo.
ü  Reconhecer, na sociedade contemporânea, a atualidade de temas trabalhados em Auto da barca do inferno.
ü  Compreender que a alegoria presente em Auto da barca do inferno é um recurso linguístico para representação de ideias abstratas por meio de situações concretas.

7.    METODOLOGIA
1ª Etapa: INTRODUÇÃO AO CONTEXTO HISTÓRICO DO HUMANISMO
·         Apresente a pintura de Hieronymus Bosch Cristo carregando a cruz e solicite aos alunos que observem três aspectos:

ü  Religiosidade 
ü  Caracterização das personagens
ü  Oposição entre claro e escuro

·         Chame a atenção para a figura de Cristo, sereno, carregando a cruz e as feições das outras personagens. Em seguida, proponha as questões:
ü  Pode-se dizer que as personagens foram retratadas em estilo caricatural? 
ü  Por meio da representação das figuras, que traços podem ser relevantes para a caracterização da sociedade da época?
ü  Em que medida o jogo entre claro e escuro pode ser relacionado ao período de transição entre Teocentrismo e Antropocentrismo, as duas concepções de mundo vigentes na época?
·         Comente com os alunos que Hieronymus Bosch foi um pintor holandês contemporâneo de Gil Vicente, e que muitos dos seus trabalhos retratam cenas de pecado e tentação, recorrendo à utilização de figuras simbólicas, complexas, originais, imaginativas e caricaturais, como as representadas no quadro.
·         Proponha para o grupo, como fechamento desta etapa, a questão para discussão: Gil Vicente, assim como Bosch, acentua traços de determinadas personagens para melhor caracterizá-las. Com que objetivos fazia isso?

2ª Etapa: INTRODUÇÃO À OBRA DE GIL VICENTE: PESQUISA
·         Solicite aos alunos que pesquisem sobre a vida e a obra de Gil Vicente nos links sugeridos no item 3 do “Para organizar o seu trabalho”. Nessa pesquisa, devem ser levantados:
ü  Dados biográficos
ü  Principais obras do autor
·         Peça para que os alunos exponham em sala de aula as informações sobre os dados levantados.


3ª Etapa: LEITURA DA OBRA
·         Além das pesquisas realizadas pelos alunos, comente que Auto da barca do inferno faz parte da trilogia das barcas: Auto da Barca do Inferno (1517) Auto da Barca do Purgatório (1518) Auto da Barca da Glória (1519), e que Gil Vicente escreveu as três peças para mostrar a crise moral que se abatia sobre todas as classes sociais de seu tempo.
·         Acesse a obra no site do domínio público (indicado em “Para organizar seu trabalho”) e faça uma primeira leitura interpretando o texto para os alunos e tirando todas as dúvidas que possam surgir em relação ao vocabulário utilizado pelas personagens. Reserve duas aulas para essa atividade.
·         Reserve mais uma aula para explicar de que maneira Gil Vicente utiliza-se da alegoria para representar ideias abstratas (no item 8 de “Para organizar seu trabalho”, você encontra uma boa explicação sobre esse recurso linguístico). Nesse momento, não se esqueça de mostrar as alegorias com exemplos extraídos do livro.
·         Após a leitura, proponha as seguintes questões para discussão: Na época de Gil Vicente, havia a famosa expressão latina “ridendo castigat mores” (rindo, castigam-se os costumes). Ela pode aplicada à peça de Gil  Vicente? Por quê?
·         Essa mesma expressão também pode ser aplicada hoje em dia para algumas sátiras (críticas bem humoradas) a que se fazem a atitudes de determinadas pessoas? Que exemplos podem ser mostrados?

4ª Etapa: ATIVIDADES
·         Divida a classe em grupos e solicite que cada um dos alunos escolha uma personagem de Gil Vicente para encenar. Organize espaços na escola para o ensaio da peça.
·         Cuide para que a apresentação seja estruturada segundo os critérios selecionados para a auto avaliação, explicitados a seguir.
·         Marque um dia para a apresentação na escola.

5ª Etapa: AUTO AVALIAÇÃO
·         Prepare uma ficha com critérios de avaliação para que os alunos tenham a oportunidade de refletir sobre o próprio desempenho na peça.
·         É importante que nos itens da auto avaliação constem os seguintes tópicos, que devem estar presentes na organização da peça, mencionados anteriormente:

1. Tema

• Informações, quantidade, qualidade, seleção (estão bem informados sobre o tema? A pesquisa feita pelos alunos apresentou qualidade? Eles souberam selecionar as informações?)
• Fontes (a pesquisa foi realizada em fontes confiáveis? Os alunos consultaram outras fontes importantes além daquelas sugeridas pelo professor?)

2. Desenvolvimento das cenas

• organização e sequência das cenas (as cenas estavam bem organizadas e sequenciadas?)


3. Linguagem

• apropriação do vocabulário e do modo de se expressar das personagens  (a linguagem estava bem caracterizada? os personagens se expressaram adequadamente  por meio dela? houve entendimento por parte do público?)

4. Postura

• Uso do espaço cênico (houve adequada movimentação dos atores em cena? Souberam utilizar o palco? Souberam improvisar quando algum detalhe foi esquecido?)
• Relação com a plateia (os alunos tiveram empatia com o público?)
• adequação aos papéis desempenhados pelos atores

5. Recursos cênicos

• Utilização adequada da indumentária e dos símbolos utilizados (as personagens estavam bem caracterizadas em relação ao figurino? Os símbolos utilizados desempenharam função esclarecedora na peça com vistas a representarem as classes sociais mostradas por Gil Vicente?)

6. Adequação ao gênero “teatro popular” 
• A peça encenada pelos alunos obedeceu ao gênero do teatro popular de Gil Vicente, ou seja, apresentou tipos que reúnem as características da classe social a que pertencem?

8.    RECURSOS E MÍDIAS A SEREM UTILIZADOS
·         Computador com internet para:
ü  Pesquisas acerca dos conteúdos estudados;
ü  Pesquisas no site Domínio Público sobre a Biografia e Obras de Gil Vicente
ü  Digitação de textos;
ü  Criação de slides, etc.
·         Livro didático
·         Paradidáticos
·         Projetor Multimídia
·         Pen drive
·         Caixa de som e microfone

9.    MATERIAL DE APOIO

Os materiais de apoio são vídeos e objetos multimídia que auxiliam o educador a aplicar o Plano de Aula. Este material é disponibilizado gratuitamente e serve como um complemento para as aulas ou um meio de chamar ainda mais a atenção do aluno para o tema. O material de apoio, abaixo descrito, pode ser encontrado no site www.neteducacao.com.br.

1. Leia a íntegra da peça Auto da Barca do Inferno.
2. Assista ao filme 
Auto da Barca do Inferno, baseado na obra.
3. Sobre Gil Vicente, acesse: - 
Biografia Gil Vicente - Classificação das obras de Gil Vicente
4. Consulte também: - 
Auto da Barca do Inferno
5. 
Clique aqui e saiba mais sobre o Humanismo.
6. Consulte sobre Hieronymus Bosch.
7. Veja explicações sobre o 
Antropocentrismo.
8. Consulte as características do 
teatro vicentino.

REFERÊNCIAS

AMARAL, Emília. Et al. Novas Palavras Português – Ensino Médio. Volume Único. São Paulo, FTD, 2006.

AUTO DA BARCA DO INFERNO. Disponível em:  http://neteducacao.com.br/experiencias-educativas/ensino-medio/literatura/auto-da-barca-do-inferno. Acesso em: 15/09/2015.

MIDIAS NA EDUCAÇÃO. Curso de Formação Continuada em. Módulo Gestão Integrada de Mídias na Educação (CD ROM). Universidade Federal do Maranhão – UFMA, 2009.


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